Dirigentes e assessores sindicais debateram “Contrarreforma Trabalhista e os desafios dos Trabalhadores”, na sexta feira, 27/10/2017 em Florianópolis.

Clemente Ganz Lúcio, Diretor Técnico Nacional, DIEESE – São Paulo – foi o palestrante do dia, trouxe aspectos da conjuntura nacional e apresentou o quadro preocupante e real do posicionamento dos dirigentes sindicais frente ao momento atual, período pós-aprovação de reformas desastrosas que permitem verdadeira escravidão, que transformarão o país em colônia novamente e os trabalhadores em meros escravos a produzirem riquezas concentradas nas mãos de meia dúzia de famílias.

Segundo Clemente, “quatro posicionamentos dificultam o entendimento, a capacidade de formular uma estratégia de ação e de reação. HÁ um grupo de dirigentes com muita raiva de tudo que tá acontecendo, pensam com o fígado e isso impossibilita uma reação coerente. O segundo finge que o problema não existe; o terceiro grupo espera um milagre e o quarto, diante da gravidade do problema consideram que está tudo perdido…”

O Professor Carlos Magno, Presidente do SINPROESC e Secretário Geral da UGTSC, foi firme em suas colocações: “Clemente aqui coloca grandes reflexões para o movimento sindical: ou a gente muda, se reorganiza, e isto a gente vem discutindo há bastante tempo, ou estamos fadados ao extermínio. Esta estrutura sindical há um bom tempo já vem fraquejando e da forma que está ela não sobrevive às reformas. Eu gostaria inclusive de fazer um chamamento a central que aqui representamos, só fazemos revolução participando da luta, não é no facebook nem no WhatsApp. Sugiro aos dirigentes sindicais da UGT que venham para luta e que venham discutir com a sua diretoria o encaminhamento que a central tem que dar. Falar nas redes sociais é muito fácil e muito simples, penso que temos que dar a cara a tapa, tem que vir para reunião da diretoria e discutir o rumo desta central, questionar qual o papel desta central no movimento sindical de Santa Catarina??? Nós temos que começar a mudança interna, na estrutura que representamos e a partir daí buscar a mudança pelo consenso junto aos demais companheiros do movimento sindical. Este consenso que a gente vem buscando há bastante tempo é a única maneira de fazermos a transição necessária, pois é a adequação do movimento sindical, através da sua oxigenação, qualificação das ações e unificação nas lutas, que poderá salvaguardar direitos duramente conquistados e que ora estão sendo desmontados, juntamente com o movimento sindical dos trabalhadores” disse Carlos Magno.

Texto: Paulo Cesar Amante

Assessor de Comunicação SINPROESC